NALDOVELHO
Eu sabia que por ali passava um rio
que ninguém
mais conseguia ver,
sabia das
armadilhas,
tocaias
urdidas pelo inimigo,
espinhos
cravados na carne,
cicatrizes
que trago comigo.
Eu sabia dos
caminhos da inquietude
e neles,
aprendi o canto das tempestades
que chegavam
sem alarde
e traziam
memórias de um tempo
de ferro,
fogo, e loucura.
Raízes do
alvorecer!
Mas também
sabia da palavra fazedeira
que sofria
aprisionada num livro
que poucos
conseguiam ler,
e no silêncio
da madrugada,
com ela tecia
poemas...
Memórias do
meu renascer!
E depois de
nem sei quantos poemas,
aprendi
palavras de anjo, e com elas,
depurei meu
sangue, apazigüei minha alma,
e ao poder
enfim pronunciar Seu nome,
caminhei pelo
vale da morte
e nada mais
havia a temer.
Ah,poeta eu sabia
ResponderExcluirque sua poesia iria me tocar
nestas horas de fina chuva
uma bela poesia como está
é música para minha alma.
Ah, que coisa mais linda, que vívido olhar para a poesia, que final feliz, poeta Naldo Velho, que privilégio ler seus versos e ainda te conhecer pessoalmente! Deus te abençoe mto, sempre, querido, bjs
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