NALDOVELHO
Talvez, sejamos apenas
um grito de clausura,
uma luz em noite escura,
um espinho espetado
na palma da mão.
Talvez, nada mais que um
incômodo,
nuvem que não se dissipa,
palavra que espanta o tédio,
vento frio no meio da tarde,
uma tentativa de oração.
Talvez, sejamos apenas
uma imagem esboço,
um pálido esforço,
solitários tijolos
de uma casa em construção.
Talvez, nada mais que poetas,
destes que perambulam pelo
limbo
a recolher coisas dos
escombros,
para com elas construir
abrigos
que sirvam para apaziguar o
coração.
Certamente para alguns poucos,
uma fratura exposta,
tempestade que fustiga a
rocha,
sentimento que se apodera dos
dias
e provoca inquietação.
Tudo o que dizem de nós, o que pensamos o que somos...Quem sabe?..Talvez sejamos!
ResponderExcluirVi muito por aqui, gostei, vou voltar.
Um abraço,
da Lúcia