Uma casa sombria, se bem me lembro...
Minha mãe chorava, mesa da sala,
revista Grande Hotel rasgada,
e eu não entendia...
Já faz muito tempo!
Mamãe foi embora, meu pai foi antes...
E quando foi já não rasgava revistas,
era um homem triste e não sabia,
era um homem distante e não entendia.
Às vezes eu ainda sonho:
casa sombria, quintal mal cuidado,
porta da sala encostada, e a do quarto trancada.
Em meu sonho eles ainda moram lá!
Minha mãe na mesa da sala,
revista Grande Hotel aberta,
fotonovela, romance...
Meu pai no bar da esquina,
ele ainda é um homem distante,
ainda não entende a poesia.
Mas nessa casa sombria, uma forte luz brilhava, um grande Poeta crescia.
ResponderExcluirAdoro os teus poemas, querido amigo.
Fraterno abraço,
Maria
Que lindo, Naldo, como é bom lembrar de nossos pais e fazer poesia, parabéns, bjs
ResponderExcluirÉ amigo Naldo, este homem que povoa suas lembranças, mesmo em sua rudeza foi capaz de fazer um homem de alma sensível como você. As lembranças perpetuam nossa história. Bjus, amigo
ResponderExcluirSÓ PARA NÃO SER REPETITIVO VOU ME REPETIR , EXCELENTE ,MUITA SENSIBILIDADE , UMA FORMA POÉTICA DE DESCREVER UM PASSADO . DILSON DANTAS
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